quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ACESSE O WWW.NEGROEMDEBATE.COM.BR

Nosso Blog foi transferido para o Site: www.negroemdebate.com.br

Acesse diariamente o mais novo Portal de Notícias que foi originado aqui neste espaço.

Agora mais completo, mais dinâmico e com foco na Igualdade Racial.

Esse é Nosso!

Espero vocês todos os dias: www.negroemdebate.com.br

Atenciosamente,

Maria José Cotrim
Editora

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Erradicação da pobreza extrema: de mito a compromisso!




Por Maria José Cotrim

Ayê Companheiros!

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) já começou os trabalhos de transição de governo e os membros da comissão, conforme informado por veículos de comunicação, já começaram a discutir com especialistas as alternativas e programas para erradicação da pobreza.

Não foi o fato de ser mulher o que mais incomodou a postura da presidente eleita na campanha. Mas sim seu discurso com foco na erradicação da pobreza. Para muitos, a intenção clara era ganhar os votinhos dos “miseráveis” como alguns hipócritas chamam aqueles que ainda vivem em condições subumanas em vários contos do país.

Dilma elencou como prioridade erradicar a pobreza extrema até 2014.Mito? Acontece que ao contrário do que muitas promessas, essa os brasileiros já notaram que está em andamento desde 2002.

E não foram só os eleitores que notaram isso, a oposição de Lula e Dilma também, afinal criticaram tanto programas como Bolsa família mas na campanha estavam lá prometendo que tal política social não iria ser extinta caso José Serra (PSDB) ganhasse.

Não é só o crescimento da classe média brasileira que demonstra a erradicação da pobreza. O nordeste, que foi avo de muitas críticas na campanha, sabe bem que erradicar a pobreza não é um mito.

Quem antes passava o dia sem comer pode fazer ao menos uma refeição por dia. Mas além do reajuste no valor do Bolsa família, Dilma deve lançar outros programas com foco na erradicação da pobreza.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, economistas, representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e outros envolvidos nesta questão já começam a traçar as estratégias para a meta audaciosa de Dilma.
O Brasil dos sonhos de muita gente já começa a ser construído. Mito mesmo é acreditar que a sina do pobre é morrer pobre nesse país.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tocantins perde a Rainha do Capim Dourado. Adeus, Dona Miúda!



Por Maria José Cotrim

A artesã e ícone do Capim Dourado no Estado, Guilhermina Ribeiro da Silva, conhecida por Dona Miúda, do Povoado Quilombola do Mumbuca faleceu nesta quinta-feira, 11 no Hospital Geral de Palmas.

O motivo, segundo informou o filho de Dona Miuda e vereador no município de Mateiros, Vilene Ribeiro (PSB) foi uma parada cardíaca antes de uma cirurgia para retirada de um tumor no fígado.

Dona Miuda passou mal na comunidade e foi levada para o Hospital de Porto Nacional quando ocorreu a descoberta do tumor. A cirurgia, segundo o filho, foi marcada sem demoras e estava marcada para as 8 horas da manhã de hoje.

A artesã foi homenageada ano passado como uma das 21 mulheres da História do Tocantins através de votação feita no Semanário O Jornal.

O sepultamento de Dona Miuda será no povoado Mumbuca onde ela nasceu e se criou.

Legado


Dona Miuda é conhecida até internacionalmente pelo seu trabalho precursor com o Capim Dourado e ainda pelo seu engajamento na questão quilombola. “ Foi uma mulher que brilhou no artesanato no Brasil e no Tocantins, foi uma guerreira que lutou muito sem apoio de ninguém”, frisou o filho emocionado.

O legado de Dona Miúda vai além do capim Dourado porque foi pautado numa luta incessante em prol de melhorias de vida para o povoado do Mumbuca.

Além das homengens, fica a história de vida e exemplo de luta da rainha do Capim Dourado.

Adeus, Dona Miúda!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vem aí o Site Negro em Debate!



Ayê companheiros e companheiras!

Nosso Blog está sendo ampliado e daqui a exatamente 15 dias estará no ar o www.negroemdebate.com.br.

Estou na expectativa para o lançamento de mais um dos poucos veículos de comunicação que tratarão da temática étnico-racial em nosso país e no Tocantins.

No novo espaço serão publicadas além de notícias várias histórias que se cruzam por esse Brasil afora além da programação de todos os eventos que acontecem com foco na temática.

Na coluna "Debatendo" assinada por mim, discutiremos os assuntos que estão no caminho da Igualdade Racial em nosso país.

Para minha carreira profissional um desafio de fazer um veículo com espaço para os movimentos socias, órgaos governamentais além das notícias envolvendo vários assuntos.

Contagem regressiva! Conto com vocês!

sábado, 23 de outubro de 2010

A fúria do presidente do STJ escancara as vísceras do preconceito camuflado




Por Maria José Cotrim

Nesta semana um ato desmedido e sem noção por parte do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler nos traz uma reflexão em torno da temática da igualdade Racial.

O que esperar de um senhor que tem um cargo tão importante mas tão destemperado emocionalmente? O estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, foi demitido na fila de um caixa eletrônico pelo “senhor da Justiça”.Marco estava aguardando e foi surpreendido pela reação do senhor ministro.

Usou a autoridade à frente do STJ e foi categórico: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”. Motivos? Ele estava irritado o bastante e precisava descontar em alguém.

O mais interessante dessa história é que caberá ao Supremo Tribunal Federal analisar esse caso de “violência gratuita” como denominou Fabiane, uma das testemunhas do episódio lamentável já que a polícia civil não tem competência para tratar do assunto. Pargendler tem foro provilegiado porque é ministro mas terá que se explicar sobre a acusação de “injúria real”.

A carta de dispensa do estudante de administração em questão estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava uma hora depois do fato ocorrido.

O que chama atenção além da atitude do “senhor da justiça” foi a postura de Marcos que é filho de mãe brasileira e pai africano. O caso tomou dimensões a partir do momento que o estagiário registrou um Boletim de ocorrência relatando o fato.

O caso expõe as vísceras do preconceito velado ainda em tempos de reparação social em nosso país. Alguns veículos pautaram o assunto que com certeza traz impacto com relação à postura do presidente em questão.

"Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz. Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, foi o que disse uma testemunha ao Blog do Noblat ao relatar o fato.

A "overdose de hegemonia" ocorreu dentro no STJ mas já ganhou repercussão popular e inclusive nas várias entidades de movimento. Vamos aguardar a explicação do “senhor da justiça”...

Se nem as principais autoridades desse país têm noções mínimas e básicas de respeito veja lá grande parte da população.

E aos que andam gritando aos quatro ventos que não existe preconceito: expor qualquer pessoa não importa o cargo ou grau de instrução à situação de constrangimento como o acontecido é sim discriminação. Merece sim punição com certeza.A punição é um dos pilares para a luta da Igualdade Racial em nosso país.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sem cotas, Estatuto da Igualdade Racial passa a valer depois desta quarta



Após tramitar sete anos no Congresso Nacional, o Estatuto da Igualdade Racial – Lei 12.288, que foi aprovado pelo Senado Federal em 16 de junho deste ano e sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 20 de julho de 2010, começa a vigorar a partir desta quarta, noventa dias após sua sanção.

O texto prevê garantias e o estabelecimento de políticas públicas de valorização aos negros. O documento possui 65 artigos referentes a temas como educação, cultura, esporte, lazer, saúde e trabalho, além de defender os direitos das comunidades quilombolas e proteger religiões de tradição africana.

Segundo a secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o objetivo do Estatuto é corrigir desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país.

Sem Cotas

Um dos artigos eliminados pelos senadores previa cotas para negros nas universidades federais e escolas técnicas públicas.

Para o ministro da Seppir - Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araújo, disse que partes da Lei da Igualdade Racial ainda precisam ser regulamentadas. A regulamentação pode voltar a criar cotas para estudantes negros nas universidades. Atualmente, as universidades têm regras especiais para o acesso de pessoas negras.

Leis e Decretos ainda devem regulamentar outros itens do estatuto, como financiamento agrícola específico, ações de ocupação de espaço no mercado de trabalho, concessão de cargos em comissão e criação de ouvidorias

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A falta de diálogo "proposital" dos movimentos com Siqueira...



Por Maria José Cotrim

O ex-governador Siqueira Campos (PSDB) venceu as eleições no Tocantins, ao contrário do que esperava os movimentos sociais do Estado. Como já disse aqui nesse espaço, as principais lideranças dos movimentos não buscaram um diálogo com o candidato do PSDB.
Se a abertura não foi buscada da parte de Siqueira, da parte dos movimentos nem sequer houve tentativas.

Criaram logo o movimento negro acelerado e apoiaram o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB).
Isso é que questiono! Como que entidades que precisam indispensavelmente da parceria com o governo não fazer o dever de casa?Falta com certeza amadurecimento para dialogar com os candidatos.

O período de campanha existe é para que os candidatos mobilizem e recebam as manifestações de apoio. Nem uma carta de compromisso com as principais demandas entregaram para Siqueira.

Nesse sentido a Central única dos Trabalhadores deu bom exemplo e aqui no Tocantins elencou aos candidatos (quer dizer aos representantes dos candidatos, porque estes nem lá foram) as prioridades através de uma carta de compromisso.

Os movimentos é claro não devem ignorar as raízes partidárias nem tão pouco radicalizarem sobre um governo que ainda nem começou.

Siqueira quando governou nas gestões passadas não teve contato com movimentos consolidados no Estado. Passados oito anos, ele volta ao poder e a sensibilidade para as questões sociais é um fator primordial.

Tanto quanto para prefeitos, secretários de estado e militantes, para os movimentos sociais os efeitos da vitória de Siqueira virão.

Uma relação de enfrentamento com a estrutura governamental no Tocantins com certeza não dará bons frutos para os movimentos. É como eu disse aqui: ou vai, ou racha. Não foi e agora?

Um novo governo e as mesmas demandas. A responsabilidade dos movimentos com certeza fará a diferença neste novo diálogo que precisa ser estabelecido com a estrutura de governo do Estado, afinal é por elas que passarão as políticas públicas para as várias demandas.